Instalado em um prédio de 1962 em São Paulo, o Apartamento Varanda foi projetado para os tempos modernos pelo Estúdio Guto Requena. A empresa brasileira redesenhou o apartamento com espaços flexíveis e reconfiguráveis que se adaptam a diferentes usos. Para atender ao pedido do proprietário de ter uma varanda em um prédio sem, eles transformaram todo o apartamento para parecer um espaço interno/externo com plantas por toda parte, até mesmo penduradas no teto.
Juntamente com a transformação física, os designers incorporaram novas tecnologias digitais, como um sistema de gerenciamento doméstico que pode ser controlado por smartphone, teclados inteligentes ou comandos de voz. Tudo, desde acesso ao apartamento, iluminação, irrigação, áudio/vídeo, cortinas, etc., é automatizado para maior comodidade.
A cozinha é acessada por grandes portas pivotante que podem abrir os dois espaços ou mantê-los separados.
Cada cômodo incorpora um design biofílico com uma variedade de plantas. Além das plantas que caem do suporte para vasos acima da ilha e plantas nas janelas, também foi feito uma horta com ervas que fica em um canto da cozinha.
Um sofá de dois lados cria duas áreas de estar na sala principal. Ao longo do lado da janela há uma variedade de vasos e plantas penduradas, enquanto do outro lado, uma caixa de planta suspensa abriga a vegetação que se espalha pelo teto sobre a sala de estar. A quantidade e variedade de plantas cria um microclima específico que ajuda a reduzir as altas temperaturas e melhora a qualidade do ar.
Na sala de estar, um projetor e uma tela de 120″ funcionam como uma sala de reuniões de trabalho com câmera e microfone integrados para chamadas de vídeo. Quando usada para lazer, a parede funciona como uma galeria digital exibindo os NFTs dos residentes. Em dias de festa, alguns dos móveis se movem para criar uma pista de dança com iluminação e áudio anexada às jardineiras.
Os móveis são uma mistura eclética de designers icônicos, como Maarten Baas, Antonio Citterio, Yrjo Kukkapuro, Le Corbusier, Jasper Morrison e Frank Gehry, juntamente com designers brasileiros notáveis, incluindo Sérgio Rodrigues, Jean Gillon, Irmãos Campana, Zanine Caldas, e Lina Bo Bardi e, finalmente, designers brasileiros promissores, como Guilherme Wentz, Ronald Sasson, Daniel Jorge, Lucas Neves, Carol Gay, Jacqueline Terpins, Ovo Design, PAX Arq e Alva Design. Para completar, os arquitetos do Estúdio Guto Requena criaram uma série de peças utilizadas no projeto.
Uma planta baixa flexível permite que os espaços da sala de estar, sala de jantar, escritório e quarto, todos alinhados, sejam todos abertos entre si, todos fechados ou uma mistura conforme desejado para as atividades do dia. Portas de correr de vidro acústico e cortinas automatizadas isolam os espaços quando precisam de mais privacidade.
Para complementar os painéis de madeira no exterior do edifício, a empresa adquiriu desenhos originais do escritório Botti e Rubin, os projetistas originais do edifício. Eles os digitalizaram e, com a ajuda de algoritmos, conseguiram recriar o padrão gráfico nas superfícies de madeira do interior. As superfícies de madeira padronizadas marcam as transições onde os espaços vão das áreas públicas para as mais privadas.
Um espaço flexível entre a sala de jantar e o quarto funciona como home office e área de estar. Uma mesa alongada e um pendente, que giram, são feitos com o antigo piso de madeira retirado do apartamento. A configuração permite uma melhor visualização pela janela ou para DJs que tocam em suas festas.
O quarto principal pode ser fechado para maior privacidade e também para assistir a filmes no projetor.
Mais portas pivotantes de madeira estampada abrem o quarto principal até o closet e o banheiro.
Fotografado por Maíra Acayaba.
Quando tivermos mais dicas interessantes publicaremos aqui novamente.
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